MARCUS VINICIUS DE ANDRADE MOURA
( BRASIL – DISTRITO FEDERAL )
Poeta.
Residente em Brasília, DF.
“Marcus Vinicius é original e coerente em sua verve poêmica, analisando os problemas sociais e ontológicos.”
GUSTAVO DOURADO (AMARGEDOM)
MOURA, Marcus Vinicius de Andrade. Fragmentos do cotidiano.
Capa por Marcus Vinicius Moura. Retrato a bico de pena: Mauricio Júnior. Apresentação por Nilza Ruaro. Brasília: Thesaurus, 1993.
76 p. No. 10 248
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda.
COTIDIANO
Vagando nessa cósmica energia
Tendo a justa noção do tempo
Cada manhã a vida principia
Formando o ciclo: ganhar tempo, contratempo.
Se todos têm o seu tempo
É justo fazer a conta
É triste não se ter tempo
Quando se vive no irreal faz-de-conta.
O CANTO DA CONSCIÊNCIA
Singelo cântico que instiga
E não nasce na garganta
Vem da consciência e abriga
A paz para quem canta
Nada se vence no grito
Ou oportunamente, no pranto
Por mais que se esteja aflito
Encontrará na boa vontade o canto
A sábia filosofia consiste
Na voz secreta da alma
E se adversidade existe
Use a fé do íntimo que acalma
INFLUÊNCIAS
Intuição concebida
Que aflora ao discernir
A fina razão da vida
Legada para influir
Percepções cultivadas
E incutidas vivências
De emoções passadas
Onde se colhem influências
Nas sutis entrelinhas
A inspiração se projeta
Fazendo suas, as minhas
Ideias de poeta.
Influindo no mais bruto
O bom sentimento invade
Como um bendito fruto
De paz, do saber e da verdade
UM PENSAMENTO
Vesti meu corpo,
De animal pensante
Buscando no ideal o topo
De algo real e importante
Viajante nesse mundo torto
De ilusórios prazeres vagos
Faço da solidão o porto
Projetando os ideais não pagos
Vesti meu corpo, de luz, no tempo
Já não importa o que me foi imposto,
Pois trago na vida um pensamento
Com o espírito vivo e bem disposto.
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Página publicada em dezembro de 2024
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